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A celebração dos 250 anos da Imprensa Nacional, que se completam em dezembro, e do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, são algumas das moedas comemorativas que a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) prevê cunhar este ano.
No total, segundo o plano numismático apresentado, está previsto a emissão de dez moedas comemorativas, correntes e de coleção, desenhadas, entre outros, pelo designer Eduardo Aires, os escultores João Cutileiro e José Aurélio, e os ilustradores João Fazenda e André Carrilho.
As moedas de coleção são dedicadas a Eduardo Souto de Moura, da série “Arquitetura Portuguesa”, desenhada pelo arquiteto Siza Vieira, à campeã olímpica Rosa Mota, na série “Ídolos do Desporto”, aos Espigueiros, na série “Etnografia Portuguesa”, ao Barroco, na série “Europa – Idades da Europa”, à Águia Imperial Ibérica e ao Trevo de Quatro Folhas, na série “Espécies Ameaçadas”, e há uma relativa ao Centenário do Armistício da I Grande Guerra (1914-18).
As moedas correntes vão assinalar os 250 anos da Imprensa Nacional, a sair em maio, e os 250 anos do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, em junho.
Os 250 anos da Imprensa Nacional serão completados no próximo dia 24 de dezembro. Segundo o alvará do Rei D. José “o fim [objetivo] deste estabelecimento é o de animar as letras e levantar uma impressão útil ao público pelas suas produções”,
Fundada sob o nome de Impressão Régia ou Régia Oficina Tipográfica, a partir do Governo de D. Maria I, que reinou de 1777 a 1815, passou a ser responsável pela edição da Gazeta de Lisboa, antecessora do atual Diário da República. Em 1833, passou a designar-se Imprensa Nacional, e a sua fusão com a Casa da Moeda aconteceu em 1972.
A moeda celebrativa é desenhada por Eduardo Aires, terá o valor facial de dois euros, e será cunhada em cuproníquel e latão.
O Jardim Botânico da Ajuda foi o primeiro do género em Portugal, tendo aberto portas quando reinava D. José. Incluía os gabinetes de História Natural, e o de Física, assim como a Casa do Risco, gabinete de arquitetura e de ordenamento.
Domingos Vandelli foi encarregado de delinear e dirigir as obras do que chegou a ser, no século XVIII, “uma das mais importantes instituições científicas da Europa e a primeira e a mais importante instituição dedicada ao estudo da história natural do país”, conforme uma nota da Universidade de Lisboa, sua proprietária, segundo a qual o jardim chegou a possuir uma coleção com mais de 5.000 exemplares de espécies vindas de todo o mundo.
Atualmente, é uma Unidade de Apoio Tecnológico do Instituto Superior de Agronomia, que o tutela desde 1910, como infraestrutura de ensino e investigação.
A moeda comemorativa, com o valor facial de dois euros, é desenhada por João Fazenda e será emitida em cuproníquel e latão.
Na área do desporto, a moeda de homenagem a Rosa Mota, de 59 anos, a sair em junho, desenhada por João Cutileiro, com um valor facial de 7,50 euros, e terá três emissões, em ouro “proof”, prata “proof” e prata normal.
Em fevereiro, será também emitida uma moeda relativa ao 21.º Campeonato do Mundo da FIFA, que se realiza este ano, na Rússia. O autor desta moeda, que terá o valor facial de 2,50 euros, é João Duarte. Será emitida em ouro “proof”, prata “proof” e cuproníquel normal.
A referência “proof” corresponde a moedas que apresentam o campo espelhado e os relevos matizados, explicou a INCM, segundo a qual estas são cunhadas sobre discos metálicos especialmente preparados, e “com cunhos foscados e polidos”.
A moeda que celebra o centenário do armistício da I Grande Guerra é de autoria de José Aurélio, tem o valor de cinco euros e será emitida em prata “proof” e cuproníquel normal.
O armistício foi assinado a 11 de novembro de 1918, e colocou termo a um conflito de quatro anos que envolveu cerca de 30 países, incluindo Portugal, e mobilizou cerca de 50 milhões de militares, dos quais 160 mil portugueses. Contando com a Batalha de La Lys, Portugal registou mais de 14.000 baixas e 7.760 mortes.
Fotos: INCN/FMS