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A Academia Portuguesa da História (APH) evoca este mês o comandante de Marinha Carvalho de Araújo, morto há cem anos na I Grande Guerra, e o navegador Fernão de Magalhães, que liderou a primeira viagem de circum-navagação, há 500.
O calendário de palestras da APH, em Lisboa, tem previsto, na quarta-feira, a evocação do comandante Carvalho de Araújo (1899-1918), que, ao comando do navio caça minas Augusto de Castilho, evitou, em outubro de 1918, o afundamento do vapor civil São Miguel, por um submarino alemão, em pleno oceano Atlântico, no contexto da I Grande Guerra Mundial (1914-1918). O militar Carvalho Araújo, neste combate, foi atingido mortalmente pelos estilhaços de uma granada.
A conferência sobre Carvalho de Araújo está a cargo do académico honorário José António Rodrigues, capitão de mar e guerra, que foi diretor do Museu de Marinha, em Lisboa, de 2006 a 2010, e é autor das obras "Grandes Naufrágios Portugueses (1194-1991" e "Grandes Batalhas Navais Portuguesas".
A naturalidade do navegador Fernão de Magalhães (1480-1521), que capitaneou a primeira viagem de circum-navegação e foi o primeiro europeu a alcançar a Terra de Fogo, no extremo meridional da América do Sul, é o tema da conferência do historiador José Manuel Garcia, no próximo dia 28, na APH.
A viagem de circum-navegação, sob bandeira de Espanha, foi iniciada em 1519 e terminou em 1522, já sob o comando de Juan Elcano, pois o navegador nascido em Trás-os-Montes foi morto por autóctones na ilha de Cebu, atualmente parte das Filipinas.
Doutourado em História pela Universidade do Porto, com uma tese sobre a Historiografia Portuguesa dos Descobrimentos e da Expansão nos séculos XV a XVII, José Manuel Garcia fez parte da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e, atualmente, é investigador no Gabinete de Estudos Olisiponenses e membro da APH, da Academia de Marinha e da Sociedade de Geografia de Lisboa.
No dia 21, o catedrático Jorge Manuel Martins, académico honorário, apresenta uma comunicação sobre os 200 anos da criação da Imprensa Nacional.
O ano académico encerra no dia 05 de dezembro, com a entrega dos prémios da APH a dez obras historiográficas que se destacaram no último ano. Nesta cerimónia, Emanuel d’Able do Amaral, arquibade da Ordem religiosa de S. Bento, profere uma conferência.
O brasileiro Able do Amaral, de 61 anos, entrou para a Ordem de São Bento em janeiro de 1978, no Mosteiro de São Bento de São Paulo, e estudou em Roma, na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana. Desde maio de 2009 é membro da Academia de Letras da Bahia, fazendo também parte do Instituto Genealógico da Bahia. Entre as suas iniciativas, à frente do Mosteiro de São Bento da Bahia, decidiu a abertura da biblioteca conventual aos investigadores, assim como o Museu São Bento e o Laboratório de Restauro de Livros Raros. Na área da música, reabriu a basílica do mosteiro a concertos de música sacra e erudita e, sob o seu patrocínio, foi editado o primeiro CD de Canto Gregoriano desta comunidade religiosa católica.
Foto: DR